Mariápolis sedia a 9ª reunião anual de dirigentes de movimentos, associações laicais e serviços eclesiais

Realizada nos dias 17 a 19 de março, no Centro de Formação Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista/SP, a reunião anual de dirigentes teve como objetivo “aprofundar a comunhão entre os carismas, em vista de uma eficaz e provocadora revitalização das Associações Laicais, dos Movimentos e Serviços Eclesiais na Igreja e na Sociedade”.

Por Marilza Schuina

Os participantes refletiram e dialogaram a partir do Doc. 105 da CNBB “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”, com a assessoria da professora Lúcia Pedrosa(PUC-RJ) que destacou a riqueza do processo de elaboração do documento.

Na reflexão do tema, destaque para a importância do cristão ser sal da terra. O sal que dá o sabor, cauteriza as feridas, preserva da corrupção. Com a parábola do bicho da seda de santa Teresa de Jesus, animou a todos, despertando o interesse em perceber as inquietudes do leigo e da leiga, para onde caminham os leigos e as leigas, para onde caminha a Igreja.

Ponto central do documento, é o reconhecimento do laicato “como um verdadeiro sujeito eclesial” (n.1), cuja “vocação própria é administrar e ordenar as coisas temporais em busca do Reino de Deus” (n.5). “Sua primeira e imediata tarefa é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social, da economia, da cultura, das ciências e das artes, etc (n.6), bem como “também participar na ação pastoral da Igreja” (n.7), como “verdadeiros sujeitos eclesiais” (n.10).

O cristão leigo e leiga é sujeito na Igreja e no mundo, discípulo missionário e cidadão do mundo, chamado a agir para transformar a Igreja e o Mundo.

A carta da Congregação da Doutrina da Fé, “A Igreja rejuvenesce” (JUVENESCIT ECCLESIA), também foi refletida e dialogada, tendo como assessoria o professor Francisco Catão. Os principais pontos da conversa destacaram a inovação do Concílio Vaticano II 50 anos depois com o Papa Francisco. “Estamos vivendo um momento histórico de realização do Concílio”, dizia o professor, fazendo referência a Francisco.

A Igreja não é uma hierarquia à qual pertence os leigos; a Igreja é comunhão de pessoas livres (não escravos, não servidores), comunhão fraterna dos homens e mulheres, presidida por Jesus, animadas pelo Espírito Santo. Evangelizadores com o Espírito, ou seja, que busca “despertar processos transformadores do conjunto da sociedade, gerando a comunhão efetiva das pessoas”.

Nos trabalhos de grupo e encaminhamentos as expressões laicais assumiram o compromisso de colocar em prática dos dois documentos apresentados.

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