XXXVI ASSEMBLEIA DO CNLB em Porto Velho resgata os Biomas Brasileiros e suas diversidades

Além do tema, análises de conjuntura e uma carta aberta ao Povo Brasileiro foram elaboradas durante a Assembleia

Por: Comissão de Comunicação

Deu-se inicio às 14:00 do dia 15/6/2017 no Centro de Arquidiocesano de Pastoral de Porto Velho/RO, com mais de 150 leigos e leigas de todo o Brasil, a XXXVI ASSEMBLEIA GERAL DO CONSELHO NACIONAL DO LAICATO DO BRASIL. O tema da Assembléia foi: “Os  desafios da atuação dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade” e o lema: “Eis aqui a Serva do Senhor”. Iniciou-se os trabalhos com um lindo momento de mistica organizada pelo Regional Noroeste. A mística se consistiu em uma representação da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampas; suas cultura, vestimentas e história de uma forma muito cativantes sendo entoadas ao som de músicas que caracterizam cada região.

Dom Roque, bispo de Porto Velho, e representantes da Conferência dos Religiosos do Brasil, da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, do CNLB de Porto Velho e do Noroeste  compuseram a mesa de abertura e fizeram suas menções  sobre a importância da atuação dos cristãos leigos e leigas  como “sal da terra, luz do mundo e fermento na massa”.
Marilza Schuina, presidente do CNLB fez uma menção da importância do sujeito laical, principalmente nesse momento muito delicado  que o país atravessa, com derramamento de sangue, o que faz  correr pelo país um rio de lágrimas de sangue, onde direitos trabalhistas, sociais e os direitos pessoais estão sendo retirados, onde a violência cresce de forma desordenada e onde o leigo e a leiga sofre cada dia mais com tanta corrupção existente em um país que se tornou desordenado e desgovernado.

Na abertura da assembleia uma análise da realidade foi realizada a partir do local (biomas específicos), onde os participantes apresentaram os gritos do povo e depois os assessores Carlos Signorelli, Laudelino Azevedo e Luiz Henrique Ferfoglia reforçaram alguns aspectos das realidades locais.

Os problemas que mais ferem o nosso bioma segundo a apresentação dos grupos foram mais uso desmedido do agrotóxico, grandes empreendimentos imobiliários que causam enormes prejuízos na natureza e dos desmatamentos desordenados. Outros problemas apresentados, mais para a região norte foi a Pesca Predatória e problemas de grilagens de terras.

No regional leste 2, Sônia Oliveira levantou a questão sobre contaminação de rios e ausência de saneamento básico além do desperdício de água ainda mais onde a água na região norte de minas está escassa e sendo usada por grandes mineradoras. Sônia ainda lembrou o caso Mariana, que assolou cidades inteiras, acabou com biomas locais e ainda nenhuma autoridade tomou as previdências deixando famílias ainda em estado de pura miséria

Na região Oeste que compreende Mato Grosso do Sul e Mato Grosso o que mais ficou claro foi o desmatamento desmedido por conta de grandes empresas  que faturam milhões e não usam o replantio destas clareiras que visivelmente aumentam a cada dia.

Milton Mano, em entrevista à Comissão de Comunicação, do regional Leste 1 falou pelo Rio de Janeiro e percebe que os animais silvestres estão sendo afastados a cada dia mais por conta de um crescimento descontrolado dos centros urbanos e acabando com as matas nativas.

A conclusão dos grupos deixa claro que falta políticas publicas sobre especulação imobiliária, sobre desmatamento e replantio, reforçar a questão da reforma agrária e o descaso das própria sociedade em relação ao futuro que nos espera caso medidas urgentes não sejam tomadas.

 

DISCUSSÕES, DÚVIDAS, FORTALEZAS,  FRAQUEZAS E AMEAÇAS. OS DESAFIOS DO CNLB discutido em Conselho deliberativo em fevereiro
Dúvidas, fraquezas, soluções. Estes são os momentos mais reflexivos sobre o CNLB. Foram formados 10 grupos para discutir as dificuldades e também propostas para o conselho. Uma das questões mais citadas foram as dificuldades de representatividades. “Alguns grupos de leigos não sentem representados pelo organismo” conforme mencionado pela maioria dos grupos, ainda e questões referentes ao clericalismo, que acabam dificultando ainda mais a imagem do leigo na sociedade.

O ano do Laicato será uma esperança? Onde a figura de Jesus Cristo está aparecendo entre os leigos? Os leigos estão preparados para estar além da igreja enquanto instituição?

Estas são algumas questões apresentadas como enigmas que o Conselho precisa aprender a lhe dar e aprender a resolver as questões envolvidas fazendo com que a formação destes leigos, dioceses e arquidioceses, como um todo, seja mais eficiente.
Outra questão importante citada seria o mapeamento da realidade de cada regional e trabalhar melhor cada um de forma separado.
Na mesa de mediação Marcio José de Oliveira, coordenador da Comissão de Formação diz que todas as questões levantadas são importantes na assembléia para que a realidade do próprio leigo seja mudada à partir do organismo, à partir de uma formação e comunicação melhoradas.

Dom Pedro Conti, da Comissão Episcopal para o Laicato na CNBB, que também esteve na mesa, frisou o documento 105 como um presente aos leigos e assim como os discípulos de Emaús, que retomaram forças para seguir em uma caminhada de evangelização, os leigos e leigas devem resgatar àqueles que desistiram no caminho.

O DOCUMENTO 105 E O SIM DE MARIA

Lucia Pedrosa, professora e Teóloga nos deu uma aula bastante esclarecedora sobre o documento 105 e o SIM DE MARIA. Nos deu uma perfeita ideia e reforçou ainda mais este documento que é a ferramenta mais completa, escrita por leigos e aprovada pelos Bispos em 2016. Este documento é o Sal que faltava para que os leigos saiam ao mundo curando as enfermidades e levando a palavra onde os que mais precisam. “Ser Sujeito é um dizer sim ao chamado profético”, diz Lúcia. Ainda na tarde do sexta-feira, outro grupo de trabalho foi criado no intuito de explicar, discutir e por em prática cada parte do documento.

Uma das situações mais bonitas nessa difusão é que muitos leigos ainda não conheciam a plenitude do documento e a ação transformadora que de certa forma, o documento provoca.

CLERO SEMPRE PRESENTE NA CAMINHADA DOS LEIGOS

Se fizeram presente durante boa parte da Assembléia bispos e  representante da Conferência dos Religiosos dos Brasil:

Dom Roque Paloshi
BISPO DE PORTO VELHO

Dom Mozé João Pontelo
BISPO REFERENCIAL PARA O LAICATO DO REGIONAL NOROESTE

Dom Pedro Conti
COMISSÃO ESPISCOPAL DA CNBB PARA O LAICATO”’

Dom Laurindo Guizzardi
BISPO REFERENCIAL PARA O LAICATO REGIONAL SUL 2

ir. Cristiane – CRB

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