Organismos da CNBB fomentam a comunhão e a solidariedade em âmbito nacional

No próximo dia 14 de outubro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comemorará seus 66 anos de história. Durante estas décadas, a Conferência não só aprofundou a comunhão dos bispos como também estudou assuntos de interesse comum da Igreja no país, promovendo a ação pastoral orgânica. Como parte dessa história, o portal da CNBB destaca aspectos de sua organização, tais como órgãos constitutivos, suas pastorais e organismos.

Por: CNBB

Especificamente falando dos organismos, a CNBB mantém um relacionamento particular e constante com eles. São eles os responsáveis por fomentar a comunhão e a solidariedade, em âmbito nacional, entre presbíteros e diáconos, ministros que, em virtude do sacramento da Ordem, são cooperadores especiais dos bispos na evangelização e na edificação da comunhão eclesial.

Visando a promoção da evangelização e a colaboração pastoral para fomentar tal comunhão, a CNBB mantém relacionamento permanente e encontros regulares com essas organizações católicas, que representam, em âmbito nacional, as diversas categorias do Povo de Deus, especialmente com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), a Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS) e o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).

Segundo o Estatuto Canônico da Conferência, os organismos vinculados à CNBB atuam no âmbito regional ou local, com a aprovação da autoridade competente, que, na região, é o Conselho Episcopal Regional ou o secretário executivo; na diocese, é a autoridade diocesana e nos institutos de vida consagrada é o respectivo superior. Cada um deles vinculado estatutariamente à CNBB mantêm comunhão efetiva com a Conferência programando e executando suas tarefas específicas, em sintonia com as orientações doutrinais e diretrizes pastorais da Conferência.

Confira alguns exemplos de organismos vinculados à CNBB:

CNLB 

É uma associação de fiéis leigos e leigas católicos de direito público, que congrega e representa o laicato brasileiro na sua diversidade e riqueza de movimentos, pastorais, e associações dos mais variados tipos. O CNLB tem por objetivo articular o laicato, em Conselhos Regionais, Diocesanos e Locais. Sua atual presidente é a Marilza Lopes Schuina.

CRB

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) foi fundada no dia 11 de fevereiro de 1954, por tempo indeterminado, no Rio de Janeiro (RJ), durante o Congresso Nacional dos Religiosos. A CRB Nacional é uma organização religiosa de pleno direito canônico, tendo seu estatuto aprovado pela Sagrada Congregação dos Religiosos, através do Decreto nº 01561/55. Uma de suas missões é animar a vocação religiosa no Brasil promovendo a comunhão entre os membros dos diversos Institutos Religiosos. Sua atual presidente é a irmã Maria Inês Vieira Ribeiro.

Cáritas Brasileira  

 

Com quase 60 anos de história, a Cáritas é uma rede solidária de mais de 15 mil agentes, a maioria voluntária, com ação por todo o país. A Cáritas Brasileira foi fundada em 12 de novembro de 1956, é uma das 164 organizações-membros da Rede Cáritas Internacional presentes no mundo. Está organizada em uma rede com 183 entidades-membros, 12 regionais – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Norte II (Amapá e Pará), Maranhão, Piauí, Ceará, Nordeste II (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e Nordeste III (Bahia e Sergipe) – e uma sede nacional. Atua em 450 municípios, sendo presença solidária junto às pessoas mais empobrecidas.

CPT

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) nasceu em junho de 1975, durante o Encontro de Bispos e Prelados daAmazônia, em Goiânia (GO). Foi fundada em plena ditadura militar, como resposta à grave situação vivida pelos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, explorados em seu trabalho, submetidos a condições análogas ao trabalho escravo e expulsos das terras que ocupavam. Nasceu ligada à Igreja Católica. O vínculo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter no período em que a repressão atingia agentes de pastoral e lideranças populares. Logo, porém, adquiriu caráter ecumênico, tanto no sentido dos trabalhadores que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras igrejas cristãs, destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB.

CIMI

O Cimi é um organismo que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da igreja católica junto aos povos indígenas. Criado em 1972, no auge da Ditadura Militar, quando o Estado brasileiro adotava como centrais os grandes projetos de infraestrutura e assumia abertamente a integração dos povos indígenas à sociedade majoritária como perspectiva única, o Cimi procurou favorecer a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembleias indígenas, onde se desenharam os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural. Em sua prática junto aos povos indígenas, o Cimi assume como um de seus objetivos testemunhar e anunciar profeticamente a Boa-Nova do Reino, a serviço dos projetos de vida dos povos indígenas,

POM

As Pontifícias Obras Missionárias são organismos oficiais da Igreja Católica que trabalham para intensificar a animação, a formação e a cooperação missionária em todo o mundo. Conforme documento Cooperatio Missionalis da Congregação para Evangelização dos Povos as Pontifícias Obras Missionárias “têm o objetivo de promover o espírito missionário universal no seio do povo de Deus” (CM,5). As POM, como Instituição da Igreja e do Papa tem a finalidade principal de despertar e aprofundar a consciência missionária do Povo de Deus; conscientizar os cristãos sobre a vida e necessidades da Missão universal; estimular as Igrejas a rezarem umas pelas outras e serem solidárias na evangelização do mundo. As POM mantém vivo e circulante, nas comunidades eclesiais, o espírito de solidariedade e de universalismo missionário.

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